John Davison Rockefeller é o fundador da Standard Oil Company, companhia que revolucionou o setor do petróleo. Ganhou tanto dinheiro que se tornou o homem mais rico do mundo e o primeiro americano a ter mais de um bilhão de dólares. Em 1937, ano de sua morte, sua fortuna era avaliada em US$ 1,4 bilhão. Tanto dinheiro fez dele o homem a estabelecer a estrutura moderna da filantropia, retomando o antigo “mecenato”, mas não no campo das artes.
Parte da fortuna de John foi usada na medicina, educação e pesquisas científicas - através da Fundação Rockefeller, criada em 1913. A Fundação chegou ao Brasil em 1916, e em 1923, estabeleceu um convênio com o governo brasileiro, para cooperação médico-sanitária e programas de erradicação de endemias, notadamente a febre amarela e depois a malária.
Fachada do Pavilhão Rockefeller na década de 1960. Imagem: Acervo COC/Fiocruz
Foi com o dinheiro de Rockefeller que, na década de 1940, montou-se laboratório para fabricar a vacina febre amarela, no campus da Fiocruz, edificação que hoje leva seu nome e faz parte das instalações de Bio-Manguinhos. Aliás, o controle – tanto do laboratório quanto da produção da vacina - foi passado para o então Serviço Nacional de Febre Amarela em 1950, através do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).
Reformado recentemente, o Pavilhão Rockefeller concentra os laboratórios de Liofilização (Lalio) e de Tecnologia Bacteriana (Lateb). Os recursos de Rockefeller, quem poderia imaginar, colaboram para a saúde pública brasileira.
Jornalista: Paulo Schueler