Em meados do terceiro mês de 2017, Pouso Alegre, na região Sul de Minas Gerais, já enfrentou dois surtos de caxumba. Entre os meses de janeiro e fevereiro, o município registrou 100 casos da doença. Boa parte deles fruto de surtos ocorridos em um supermercado e em uma escola. A estatística coloca a cidade no topo do ranking regional de caxumba, sendo que o Sul de Minas lidera o ranking estadual, com 232 casos notificados da enfermidade.
Durante todo o ano de 2016, Pouso Alegre havia registrado 165 casos de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. O fácil contágio da doença dificulta seu controle. “Pelo manual do Ministério da Saúde, o tempo de transmissão depois do início dos sintomas é de até nove dias e nós vimos que o afastamento médico não passa de sete dias, então nesse período de transmissão, a pessoa já tem a melhora, mas ainda está transmitindo”, argumenta a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Tatiana Guerra.
A vacina tríplice viral (que combate rubéola, sarampo e caxumba) é produzida
por Bio-Manguinhos. Imagem: Bernardo Portella - Ascom / Bio-Manguinhos
Para a coordenadora as diversas ações da secretaria para controlar a doença só terá efeito se houver colaboração daqueles que adquirirem o vírus. “Não compartilhe copos, garrafas de água, bolo de pote, um dos surtos em uma escola foi o bolo de pote compartilhado entre os adolescentes”, aconselha.
Região
Nas outras duas cidades-polo da região, os números são bem menores. Em Varginha, foram 163 casos em 2016 e nove nos dois primeiros meses deste ano. Em Poços de Caldas, em 2017 foram notificados 60 casos contra 252 no ano passado.
Fonte: Jornal do Estado