A vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber, participou em 30/9, do XVII Congresso Paulista de Saúde Pública e III Congresso dos Núcleos Regionais, que tinha como tema central “Saúde em disputa: o SUS no front pandêmico”. Em sua apresentação, ela explicou o processo de transferência e absorção da tecnologia da vacina COVID-19 nacionalizada, que está sendo produzida pelo Instituto.
“Para garantir que a vacina fosse produzida a tempo e a hora para suprimos a população brasileira, montamos a estrutura do projeto BioCovid, alocando grande parte dos nossos recursos. Foram criadas quatro torres de trabalho na iniciativa, que envolveu por completo a Unidade e contou com a dedicação de toda equipe”, destacou a vice-diretora.
Segundo Rosane Cuber, para a viabilização de uma vacina segura, eficaz e com boas práticas de fabricação, foram realizadas ações de Controle de Qualidade, com a transferência de toda a metodologia analítica para avaliação da vacina COVID-19 e investimentos em infraestrutura; foi criada uma estratégia regulatória, com a obtenção do registro da vacina através da submissão contínua dos documentos; e implementadas adaptações que permitiram a operacionalização, em um curto espaço de tempo, das áreas de processamento final do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) Importado.
A mesa, mediada pela professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto e da Universidade de São Paulo (USP), Vânia dos Santos, contou também com a participação do gerente-geral de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, que apresentou o processo de aprovação regulatória das vacinas de COVID-19 no país. Ele também pontuou que o rápido desenvolvimento dos novos imunizantes teve como fatores de destaque o cenário tecnológico, o empenho científico e o alto nível de investimentos.
Marcos de Carvalho Borges, diretor do Hospital Estadual de Serrana, em São Paulo, também palestrou no evento, abordando o estudo realizado com a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, na cidade.
Jornalista: Fernanda Alves. Imagem: Bernardo Portella.