O artigo Vaccine innovation model: a technology transfer perspective in pandemic contexts foi publicado pelo periódico científico Vaccine.
Com autoria do diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Maurício Zuma; além de Priscila Ferraz e Beatriz Fialho (Bio-Manguinhos); e Leandro Gaussb, Fábio Piran e Daniel Lacerda (Unisinos), o texto relata e enumera as inovações que permitiram ao Instituto, sob contexto pandêmico, incorporar todas as etapas de produção da vacina Covid-19 (recombinante).
O artigo identificou 11 inovações em níveis empresarial e governamental que permitiram a Bio-Manguinhos/Fiocruz se envolver em todo o processo de fabricação da vacina ChAdOx1 nCov-19 (Oxford / AstraZeneca). Além de apontar os desafios superados para a obtenção da vacina nacionalizada em tempo recorde – de cerca de 12 anos para 1,8 ano – os autores defendem a pertinência e as evidências empíricas para um novo paradigma de P&D de vacinas, algo apontado anteriormente em Developing Covid-19 Vaccines at Pandemic Speed.
Segundo os autores, o prazo de 1,8 ano “é um curto prazo de comercialização para os padrões convencionais, mas ainda é longo para emergências globais de saúde pública”. De acordo com os mesmos, dois foram os principais fatores que impediram a concretização do feito em ainda menor tempo: prover infraestrutura e utilidades adequadas, e competir por suprimentos e equipamentos de upstream e downstream em período de demanda global.
Por fim, apontam que durantes as emergências sanitárias o que deve ser transferido é a tecnologia das vacinas e não a plataforma em que as mesmas são produzidas.
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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Bernardo Portella.