vacinacao rotavirus peqAtenção, responsáveis pelas crianças! O Ministério da Saúde ampliou as idades para vacinação contra o rotavírus. A medida está alinhada aos dados atuais de segurança e orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que visa diminuir a ocorrência da doença, a possível gravidade dos casos e óbitos.

A vacinação contra o rotavírus faz parte de um esforço global para diminuir os casos da doença entre os pequenos. Em diversos países, a adoção da vacina mostrou quedas significativas de casos graves, mostrando a importância de manter o esquema vacinal em dia.

“A ampliação de faixa etária no Brasil favorece a proteção de mais crianças, possibilita a ampliação da cobertura vacinal e impacta na diminuição de oportunidades perdidas para a vacinação contra o rotavírus, permitindo ainda que crianças que não tiveram a oportunidade de serem vacinadas, por vários motivos, possam ainda receber a proteção até menor de 2 anos, quando antes era só até menor de 8 meses, tendo que fazer 30 dias de intervalo entre a primeira e segunda dose impactando na diminuição da ocorrência de casos e, em consequência, na hospitalização e óbito”, explicou a médica Lurdinha Maia, gestora do Departamento de Assuntos Médicos, Estudos Clínicos e Vigilância Pós-Registro (Deame) de Bio-Manguinhos/Fiocruz.

Esta alteração foi possível, pois a OMS, em 2021, publicou o documento Rotavirus vaccines: WHO position paper – July 2021, que trouxe evidências sobre a proteção adicional para as crianças ao retirar-se a restrição de idade para administrar a vacina. “Segundo a OMS, a vacinação contra o rotavírus deve ser iniciada a partir das seis semanas de vida, podendo ser realizada até 24 meses”, acrescentou Lurdinha.

Vale lembrar que, em 1980, o rotavírus foi reconhecido como a causa mais comum de gastroenterite grave em bebês e crianças pequenas nos Estados Unidos. Na era pré-vacina, a maioria das crianças foi infectada até os cinco anos de idade e o rotavírus foi responsável por até 600 mil mortes entre crianças, anualmente e 40% das hospitalizações por gastroenterite, em todo o mundo.

“Uma vacina para prevenir a gastroenterite por rotavírus passou a ser necessária, com o intuito de diminuir a carga da doença e suas consequências, principalmente em países mais pobres, onde a assistência à saúde, considerada mais precária, pode ser fator importante para desfechos desfavoráveis”, ressaltou a médica.

O período de incubação da diarreia por rotavírus é curto e as manifestações clínicas da infecção variam, na dependência de ser primo infecção ou reinfecção (mais leve). “A infecção pode ser assintomática, causar diarreia autolimitada ou resultar em quadros mais graves com desidratação importante, além de febre e vômitos. A doença é mais grave em lactentes, mas os bebês com menos de três meses de idade apresentam taxas relativamente baixas de infecção, provavelmente devido à amamentação. Os sintomas gastrointestinais geralmente desaparecem em 3 a 7 dias”, alertou Lurdinha.

A vacina rotavírus foi introduzida no país em 2006 e um estudo avaliou o impacto da vacinação no Brasil, em 2016, resultando na diminuição de 20,9% nos óbitos por gastroenterite em menores de 5 anos e 26,6% em hospitalizações. Para evitar essa grave doença, o Ministério da Saúde alerta para que os responsáveis pelas crianças levem os pequenos para se vacinarem. Proteger é um ato de amor!

Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: Carlos André Accacio

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