As obras do Novo Centro de Processamento Final (NCPFI), a ser erguido em Santa Cruz (RJ), atingiram novas etapas. Com a obtenção da licença ambiental junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), no dia 1º de julho foi iniciada a terraplenagem do local, que tem 580 mil m² de extensão e terá 178 mil m² de área construída. A licença contém 50 condições de validade que estão sendo trabalhadas pela equipe do projeto, dando prioridade às de cumprimento imediato.
O coordenador do projeto do NCPFI, Maurício Zuma, comemora a obtenção da licença em tempo recorde. “Apesar de toda burocracia envolvida, com a necessidade de elaboração de diversos documentos, projetos, levantamentos, plantas e de ações no local para atendimento de exigências da SMAC, acreditamos que foi um grande êxito a obtenção dessa licença, para uma área que representa 2/3 do Campus de Manguinhos da Fiocruz, em menos de cinco meses”, comentou Zuma. Ele acrescenta que a primeira fase de terraplenagem será concluída em nove meses.
A área está passando por terraplenagem - Imagem: Acervo/Bio-Manguinhos
Próximos passos
Haverá também o processo de compensação ambiental para que a fauna e a flora locais não sejam afetadas. “Teremos um cinturão verde de 20 metros no perímetro do terreno e as árvores a serem removidas serão reaproveitadas como adubo para o replantio. Esta fase durará mais de um ano. O processo de retirada da vegetação está sendo acompanhado por agrônomos e biólogos credenciados para garantir o cumprimento das normas e a preservação de pequenos animais que eventualmente sejam encontrados na área”, explicou Zuma.
A sondagem final permitirá conhecer o perfil do terreno com mais exatidão e estabelecer as áreas onde cada prédio será construído. Este estudo é importante para, posteriormente, ser realizado o estaqueamento, programado para o início de 2014. Serão 90 quilômetros de estacas. “Também levantaremos o grade da área de forma a evitar danos aos futuros prédios em caso de cheias do Canal de São Francisco, que se encontra nas proximidades. Essa decisão foi tomada com base em diversos estudos, entre eles um encomendado ao Instituto de Pós Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ)”, afirmou o coordenador.
Em números
O novo campus possuirá cerca de 40 edificações em sua primeira fase, sendo os principais compostos por três andares. Incluem-se aí pequenas edificações tais como guaritas e outros prédios de apoio. O término da obra está previsto para final de 2017. O NCPFI terá capacidade para produzir cerca de 120 milhões de frascos de vacinas e biofármacos por ano. A qualificação de recursos humanos e geração de novos empregos são grandes vantagens da iniciativa: estima-se que mais de 1500 vagas diretas e 3 mil indiretas serão criadas.
Jornalista: Gabriella Ponte