No dia 17 de março, Bio-Manguinhos promoveu a sétima reunião de seu Conselho Político e Estratégico (CPE), quando o seu presidente, Dr. Akira Homma, apresentou aos demais conselheiros o momento atual e os desafios do Instituto. Após a reunião, as instalações do CIPBR receberam a visita dos membros do conselho.
Além de Homma, fazem parte do CPE o secretário substituto de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Leonardo Paiva; o chefe do Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos (Defarma) do BNDES, Pedro Lins Palmeira Filho; o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil; o representante da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), Nelson Brasil; o diretor de Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, e os conselheiros eleitos Luiz Alberto Pereira e Simone Borges.
Os conselheiros conheceram os resultados consolidados do Instituto em 2013 e os compromissos assumidos para 2014, a evolução do processo de transição para a Empresa Pública e a atualização de projetos como o Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais em Eusébio (CE), o Novo Centro de Processamento Final (NCPFI) e o Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico (CIPBR).
Representante do Ministério da Saúde no CPE, Leonardo Paiva destacou o andamento de projetos de uma instituição que optou por, nas palavras dele, “pensar grande”.
"Para quem teve a oportunidade de acompanhar as primeiras ideias, mesmo à distância, de todos esses projetos grandiosos apresentados por Bio-Manguinhos, e hoje vê essas iniciativas como realidade, exemplos do projeto executivo para o NCPFI e a instalação de equipamentos do CIPBR, tem a garantia de que Bio-Manguinhos fez a escolha certa de pensar grande, pensar que como brasileiros comprometidos com a saúde pública do país e o domínio tecnológico estratégico temos condições de competir no mercado global”, elogiou.
Paiva destacou ainda como positiva a interlocução que o CPE permite entre Bio-Manguinhos e o Ministério. “Como Ministério da Saúde é importante participar do CPE para colocar pontos críticos que sejam refletidos dentro de Bio-Manguinhos, dialogados com a Diretoria do Instituto para que ela possa implementar da melhor forma possível”, concluiu.
Já Pedro Palmeira destacou a experiência que o BNDES tem conseguido acumular por acompanhar o desenvolvimento de Bio-Manguinhos. “O ambiente hoje aqui, com o projeto de estruturação de uma empresa, é muito estimulante. Todos os participantes dessa transformação estão de parabéns, mas estamos de parabéns todos nós brasileiros que contamos com uma instituição como Bio-Manguinhos”, ressaltou.
Por sua vez, Jorge Kalil enfatizou os pontos em comum vivenciados tanto por Bio-Manguinhos quanto pelo Instituto Butantan. “Conseguimos discutir os estrangulamentos ao desenvolvimento brasileiro de produtos biológicos e os gargalos que precisam ser vencidos junto às agencias regulatórias e nos mecanismos de financiamento”, comentou, antes de complementar que “Bio-Manguinhos está dando um grande passo ao se transformar numa empresa pública, o que lhe dará agilidade no futuro”.
Conselheiros visitam obras do CIPBR - Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos
Visita ao CIPBR anima conselheiros
Após a reunião, as instalações do CIPBR receberam a visita de Leonardo Paiva, Pedro Lins Palmeira Filho e Jorge Kalil. Durante a ocasião, os três elogiaram a dimensão do projeto e os impactos positivos que ele trará para o Estado brasileiro e a saúde pública. O diretor do Butantan, após se deparar com as inovações presentes na obra, como os robustos sistemas de água e ar-condicionado, agendou nova visita, agora de sua equipe, para debater inovações que o instituto paulista pretende implantar no futuro.
“O CIPBR é uma necessidade nacional para o desenvolvimento e a inovação. Nós não temos muitos lugares no Brasil nos quais a gente consiga imunizar o processo de entrada na produção de ensaios clínicos e boas práticas de fabricação. Esse novo centro reúne tudo que há de necessário numa plataforma multiusuário, tanto no que se refere à cultura de células quanto de fermentações e micrologia, seja bacteriana ou por levedura. Bio-Manguinhos está realmente de parabéns por tudo que fez”, ressaltou Kalil.
Segundo o diretor do Butantan, as instalações poderão servir não apenas para Bio-Manguinhos como também a outros institutos. “Nós do Butantan também fazemos algo semelhante ao que será feito aqui, mas sob um conceito que queremos modernizar, pois ele é unicamente dedicado a um processo. Aqui no CIPBR vemos uma planta que trabalha por campanhas e que pode servir não só as necessidades de Bio-Manguinhos como a outros projetos de interesse nacional”, destacou.
Pedro Palmeira corroborou os elogios. “Esse empreendimento é sem similar no Brasil e tem poucos iguais no mundo. O projeto do CIPBR traz orgulho ao BNDES, pois participamos numa pequena parte do empreendimento, mais especificamente na parte de protótipos. Eu, que já tive a oportunidade de visitar algumas plantas de biológicos, de algumas empresas multinacionais ao redor do mundo, posso afirmar que esse empreendimento não vai dever nada às melhores e mais modernas plantas de biotecnologia existentes no mundo”, concluiu.
Jornalista: Paulo Schueler