De 15 a 17 de outubro, especialistas, pesquisadores, colaboradores de Bio-Manguinhos e representantes de todos os 14 hemocentros nos quais o NAT está implantado estão reunidos na IV Oficina Técnica Nacional NAT Brasileiro, no Rio de Janeiro. Na mesa de abertura (15/10), o coordenador - geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, João Paulo Baccara, parabenizou Bio-Manguinhos e todos os profissionais envolvidos no desenvolvimento do NAT Brasileiro. "É motivo de orgulho termos, hoje, este teste diagnóstico nos hemocentros brasileiros, contribuindo para o aumento da segurança transfusional", afirmou.
O diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto, relembrou o histórico de desenvolvimento do produto e o desafio envolvido. "Desde 2010, nosso trabalho conseguiu evitar diversas contaminações diretas. Hoje, estamos promovendo melhorias no software do equipamento e fazendo as devolutivas dos temas debatidos nas edições anteriores do evento", destacou.
João Paulo Baccara e Artur Couto na abertura do evento, em Búzios.
Imagem: Isabela Pimtel / Ascom - Bio-Manguinhos
O diretor do Instituto de Biologia da UFRJ, Rodrigo Brindeiro, explicou como ocorre a patogênese e epidemiologia do vírus da Hepatite B, ressaltando as principais tendências em biologia molecular. " Cerca de dois bilhões de pessoas no mundo já foram expostas ao vírus HBV alguma vez", afirmou.
Com o alarmante dado de que ocorrem 10 a 30 milhões de infecções anuais pelo HBV por ano, no mundo, a doença pode ser considerada uma epidemia global. " No caso da hepatite B, a principal forma de infecção é sexual, acompanhada por uso de drogas e via transfusional. Por isso, é fundamental investirmos na detecção precoce da doença", reforçou. A responsável técnica do Hemocentro de Campinas, Neiva Sellan, apresentou a distribuição mundial do vírus da hepatite B."Ha genótipos das migrações que o Brasil recebeu em regiões diferentes do pais", informou.
Confira a cobertura do evento na fanpage de Bio-Manguinhos.
Jornalista: Isabela Pimentel