O Ministério da Saúde divulgou novo Boletim Epidemiológico, com dados sobre dengue, febre chikungunya, zika, informações sobre distribuição de vacinas e a situação do sarampo no Brasil: o país está com surto em suas cinco Regiões, com 3.629 casos confirmados.
Houve confirmação laboratorial de casos de infecção por sarampo em seis estados da região Nordeste, cinco da Norte, e três estados em cada uma das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Entre as semanas epidemiológicas 1 e 21 – de 29 de dezembro de 2019 a 23 de maio de 2020 –, o Brasil teve a confirmação laboratorial de 3.629 casos de sarampo, e outros 3.086 estão em investigação.
Os estados do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina concentram o maior número de casos, totalizando 96,7% (3.509) registros:
- Pará: 1.615 casos confirmados
- Rio de Janeiro: 937 casos confirmados
- São Paulo: 660 casos confirmados
- Paraná: 190 casos confirmados
- Santa Catarina: 107 casos confirmados
Vacinação
De acordo com o Ministério, a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) “está disponível na rotina dos serviços de saúde conforme indicações do Calendário Nacional de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)”.
A pasta alerta que a realização de ações de vacinação contra o sarampo “deve considerar o cenário epidemiológico da COVID-19, especialmente nas localidades onde há casos confirmados dessa doença e que também apresentam circulação ativa do vírus do sarampo”, sendo necessário adotar “medidas de proteção para os profissionais responsáveis pela vacinação e para a população em geral, buscando realizar a vacinação de forma segura e ao mesmo tempo minimizar o risco de disseminação da COVID-19”. O Ministério informou ainda que está “em processo de revisão” o plano nacional para interromper a circulação do vírus do sarampo, para eliminar a doença no Brasil.
Por fim, o Ministério ressalta que “a realização tanto da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e a estratégia de vacinação indiscriminada contra o sarampo para pessoas de 20 a 59 anos de idade em todo o país não interfere nas ações de imunização do Calendário Nacional de rotina, que deve prosseguir atendendo ao público de 6 meses a 49 anos de idade”.
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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Kjpargeter - Freepik.com.