Pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) revelou redução de 75% na notificação de casos de febre chikungunya decorrentes do uso de mosquitos infectados pela bactéria Wolbachia em Niterói (RJ). O levantamento está inserido no programa World Mosquito Program, conduzido no Brasil pela Fiocruz.
A hipótese é de que a estratégia gera queda de 75% nos casos. O percentual permaneceu o mesmo em segundo monitoramento, realizado em junho, o que reforça a proposta de infectar os mosquitos. Os dados, ainda preliminares, indicam redução não apenas dos casos de febre chikungunya, porque em 2020 ocorreu baixo registro de circulação dos vírus da dengue e zika no mesmo município.
Os vírus transmitidos por mosquitos causam doenças como febre amarela, dengue, zika, febre chikungunya, mayaro e febre oropouche, dentre outras, e são responsáveis por cerca de 700 mil óbitos humanos anualmente no planeta. No Brasil, dengue, zika e chikungunya levaram à morte 944 pessoas em 2019.
Jornalista: Paulo Schueler, com informações do Ministério da Saúde. Imagem: Pongmoji, Freepik