A artrite reumatoide (AR) causa inflamação crônica e dor nas articulações. Ela ocorre quando o sistema imunológico não funciona adequadamente e ataca o revestimento das articulações, chamado de sinóvia. Neste Dia Mundial de Coscientização da Artrite Reumatoide, Bio-Manguinhos/Fiocruz chama a atenção para o fato de a doença afetar mais mulheres do que homens, e geralmente se desenvolver na meia-idade. Ter um membro da família com AR aumenta as chances de desenvolver AR.
As partes do corpo mais frequentemente afetadas incluem as articulações das mãos, pés, punhos, cotovelos, joelhos e tornozelos. Essas áreas inflamadas tendem a causar rigidez pela manhã e fadiga. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, outros órgãos ou tecidos, como pele, músculos, rins, coração, pulmões, sistema nervoso, olhos e sangue, podem também exibir alterações.
Não se sabe o que causa a artrite inflamatória em todas as pessoas, mas o consenso é que algo no ambiente - um vírus, estresse ou tabagismo, por exemplo - pode desencadeá-la em pessoas geneticamente predispostas. Pesquisas recentes também destacaram o papel complexo e fundamental dos micróbios intestinais em doenças inflamatórias relacionadas ao sistema imunológico, como a AR.
O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para controlar a atividade da doença, prevenir a incapacidade funcional e lesão articular e, tão logo, retornar ao estilo de vida normal. O tratamento varia de acordo com o estágio da doença, sua atividade e gravidade, podendo ser medicamentoso e não medicamentoso. É importante ressaltar que a fisioterapia e terapia ocupacional contribuem para que o paciente possa continuar a exercer as atividades diárias.
Há grande contribuição de Bio-Manguinhos na ampliação de acesso aos pacientes do SUS com artrite reumatoide a tratamentos de alta tecnologia. Através de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), o Instituto fornece cinco biológicos que tratam mais de 23 mil pacientes com artrite reumatoide no SUS: adalimumabe, infliximabe, etanercepte, golimumabe e rituximabe.
Jornalista: Gabriella Ponte (com informações do Ministério da Saúde)
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