peq medtropO 59º MedTrop 2024, promovido pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), aconteceu de 22 a 25/09, em São Paulo. Bio-Manguinhos/Fiocruz participou do evento dentro do estande da Fiocruz, mostrando seus kits para diagnósticos de alta sensibilidade para detectar diversas doenças tropicais como zika, dengue, chikungunya, malária, febre amarela, leishmaniose, doença de Chagas, dentre outros. Os kits para diagnóstico são ferramentas essenciais no controle, na detecção precoce e precisa de infecções tropicais. Com testes rápidos, é possível iniciar tratamentos de forma oportuna, prevenindo complicações graves e minimizando a propagação das doenças. Além disso, esses kits facilitam a vigilância epidemiológica, ajudando a identificar surtos e direcionar ações de saúde pública de forma eficiente, especialmente em áreas de difícil acesso ou com infraestrutura de saúde limitada.

O tema escolhido para esse ano foi “Medicina tropical sob o olhar de Saúde Única”. A Medicina Tropical e o conceito de Saúde Única estão intrinsecamente conectados por abordarem a interrelação entre saúde humana, animal e ambiental. A Medicina Tropical se concentra em doenças prevalentes em regiões tropicais e subtropicais, muitas das quais são zoonóticas, ou seja, transmitidas entre animais e humanos. O conceito de Saúde Única reconhece que a saúde humana depende da saúde dos ecossistemas e dos animais, e, portanto, defende uma abordagem integrada para o controle e prevenção de doenças. A interação entre humanos, animais e o ambiente em regiões tropicais, onde a biodiversidade é alta e os ecossistemas são vulneráveis, torna essa conexão ainda mais evidente, exigindo estratégias colaborativas entre profissionais de diversas áreas para combater surtos e preservar a saúde global.

O congresso abarcou reuniões satélites importantes, como ChagasLeish 2024 e 9º Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas, que contaram com a participação de diversos especialistas da Fiocruz. O primeiro debateu, principalmente, os avanços no entendimento das patogêneses e alvos diagnósticos e terapêuticos. O acesso a diagnósticos de qualidade e a vigilância epidemiológica são essenciais para entender as complexidades do combate a essas doenças no país e desenhar novas estratégias.

Já o fórum reuniu lideranças de diversas organizações para discutir e propor soluções voltadas às pessoas acometidas por enfermidades constantemente invisibilizadas. Este é um espaço para dar voz às populações vulneráveis que sofrem com o acesso limitado a serviços de saúde e que enfrentam obstáculos em termos de investimentos em prevenção, diagnóstico e tratamento. O encontro anual é uma oportunidade para unir esforços e compartilhar experiências, destacando a necessidade de melhores políticas públicas, de mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento em saúde.

Em suma, estratégias de controle, vigilância a doenças emergentes, predição de futuras epidemias e pandemias, desenvolvimento de novas tecnologias e insumos e a eficácia vacinal foram amplamente debatidos nos quatro dias de evento, promovendo a atualização do conhecimento, o networking, as colaborações e o desenvolvimento médico-científico.

Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: Acervo/Bio-Manguinhos

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