A 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) da Fiocruz aconteceu de 15 a 19 de outubro no campus Maré-Manguinhos (RJ) e foi marcada pela diversidade de mais de 100 atividades, incluindo exposições, peças de teatro, feiras de ciência e rodas de conversa. É considerado o maior evento de divulgação e popularização da ciência, da tecnologia e da inovação do país. Essa edição conta com parceria da Pró-Reitoria de Extensão | PR-5 da UFRJ e Sesc Rio, além do apoio do CNPq e da Fulltime Logística. A realização é da Fundação Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
No dia 15/10, a Fiocruz realizou a abertura oficial da semana, que contou com uma palestra da botânica Rosy Isaias. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, esteve presente, reforçando a importância do tema 2024 ‘Biomas do Brasil: diversidades, saberes e tecnologias sociais’. “Ele é muito apropriado para discutir os nossos biomas. A Fiocruz está presente em todos os biomas, não só com unidades, mas com comunidades Fiocruz”, ressaltou Mario Moreira, que trouxe, ainda, o papel da SNCT como atividade de divulgação e popularização da ciência: “A SNCT tem como propósito democratizar a ciência. O Brasil só reverte a sua situação de subdesenvolvimento, de desigualdade social a partir do momento que a ciência e a tecnologia forem promotoras de um desenvolvimento mais justo. E todas as unidades da Fiocruz se mobilizam na construção de um país melhor”.
Bio-Manguinhos/Fiocruz participou da semana com o estande “Agenda 2030: Bio parceiro do Brasil”, com materiais informativos sobre o trabalho realizado pelo instituto que se relaciona com o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 3, ou ODS 3 das Nações Unidas, relacionado à Saúde e Bem-Estar. A instituição ao público um pouco de seu trabalho contínuo para atender às demandas do Ministério da Saúde, com produtos que salvam a vida de milhares de pessoas. Houve, também, a distribuição de revistinhas do Zé Gotinha, de desenhos para colorir, de massinhas de modelar, além de uma parede para colorir e a disponibilização de totem interativo e roleta dos vírus e bactérias. Na roleta, os participantes responderam quizzes e ganharam prêmios.
A Fiocruz levou a SNCT até Campo Grande, no Rio de Janeiro, entre os dias 22 e 23 de outubro. Bio-Manguinhos esteve presente no estande dessa instituição, levando atividades para crianças e jovens do bairro, que tiveram contato com brincadeiras do universo das vacinas e do Zé Gotinha.
Pesquisadoras de Bio fazem parte de exposição sobre bióloga cujo trabalho inspirou pesquisa no Instituto
Durante o evento, aconteceu a inauguração da exposição “A fascinante jornada de uma bioquímica húngara até o Prêmio Nobel”, no Anfiteatro do Centro de Recepção do Museu da Vida Fiocruz. A iniciativa do Consulado Geral da Hungria homenageia a trajetória da bioquímica húngara Katalín Karikó, vencedora do Prêmio Nobel de Medicina de 2023 pelas contribuições para a ciência que permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA contra a Covid-19. A cerimônia de abertura contou com a presença da cônsul-geral da Hungria em São Paulo, Zsuzsanna Laszló, da chefe do Museu da Vida Fiocruz, Ana Carolina Gonzalez, da assistente técnica de Cooperação da Casa de Oswaldo Cruz, Fabiane Gaspar, e das pesquisadoras de Bio-Manguinhos Ana Paula Dinis Ano Bom e Patrícia Neves.
Líderes da Plataforma de RNA da Fiocruz, também representada na exposição, as cientistas Ana Paula Dinis Ano Bom e Patrícia Neves se emocionaram durante a cerimônia. “Nosso sonho é ter vacinas brasileiras. Não só vacinas para a Covid-19, mas todo tipo de vacinas”, revela Ano Bom. Neves reitera: “O Brasil tem uma capacidade de manufatura muito grande. Diante das dificuldades de cobertura das vacinas de Covid, era importante desenvolver nossa própria vacina. Isso não seria possível sem Katalín Karikó”.
Texto: Helouise Costa com informações do site da SNCT 2024
Imagem: Gabriella Ponte