De 24 a 29 de agosto, o Rio de Janeiro (RJ) sediou o 16ª International Conference of Drug Regulatory Authorities (ICDRA). O evento das agências reguladoras de medicamentos dos países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS), debateu, entre outro temas, a garantia do acesso às inovações em saúde.
“As agências reguladoras têm assumido um papel muito importante em um momento que o mundo vive uma constante transformação, na qual, inovações e tecnologias surgem em alta velocidade e geram grandes desafios e responsabilidades em nossa tarefa de assegurar qualidade, segurança e eficiência nos produtos e insumos para a saúde”, destacou o ministro da Saúde brasileiro, Arthur Chioro.
Durante o evento, Chioro informou que o Ministério da Saúde aposta em parcerias para a produção de medicamentos e vacinas. Segundo ele, a pasta possui 104 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) envolvendo 19 laboratórios públicos e 57 privados. Esses acordos preveem o desenvolvimento de 101 produtos (66 medicamentos, 7 vacinas e 28 produtos para saúde). Já são disponibilizados à população 26 biofármacos para tratamento de hepatites, artrite reumatoide, vacinas e doenças crônicas. Os biofarmácos aumentam as possibilidades de sucesso no tratamento, principalmente para doenças crônicas.
Apesar dos medicamentos biológicos equivalerem a cerca de 5% daqueles comprados pelo Ministério da Saúde, eles representam 49% dos gastos da pasta. Bio-Manguinhos esteve presente no evento, estando representado por profissionais de suas assessorias Clínica e de Assuntos Regulatórios, além da Vice-diretoria de Qualidade.
Colaboradores foram ao evento que reuniu diversas agências reguladoras
Imagem: Divulgação
A ideia foi ampliar o conhecimento, inicialização e manutenção de rede de contatos com agências regulatórias e de saúde, além de indústrias farmacêuticas, incluindo as parcerias de transferência de tecnologia para troca de informações científicas, regulatórias e técnicas. Alguns participantes de Bio comentaram o evento:
“Foi importante para conhecermos as novas tendências de avaliação da imunogenicidade e vários headlines de pesquisas em biossimilares. Além disso, ficou claro em como o governo brasileiro e os órgãos estão preocupados com a produção de biossimilares para evitar a vulnerabilidade em relação ao cenário externo”. Hugo Defendi – Assessoria Clínica
"Na fala dos especialistas, era possível perceber a valorização do papel da farmacovigilância no caso dos produtos para tratamento de doenças raras, ainda que não haja a padronização dos protocolos". Paulo Roberto Gomes dos Santos – Assessoria Clínica
"Percebemos, com a participação neste evento, as formas pelas quais as agências reguladoras estão se articulando para lidar com os biossimilares. A perspectiva é que a FDA (a agência regulatória americana) lance um guia com o tema até o fim do ano". Monique Collaço – Vice-diretoria de Qualidade
Jornalista: Isabela Pimentel