Na primeira palestra do segundo dia do evento (16/10), , a gerente do NAT HIV/HCV, do Laboratório de Tecnologia Diagnóstica de Bio-Manguinhos (Lated), Patrícia Alvarez, explicou a situação atual do teste diagnóstico no país. "O KIT NAT está realmente atendendo ao que ele se propõe. O produto veio trazer questões para organizar sorologia, que é muito diversificada em nosso pais", destaca. Alvarez explicou que a incorporação de um novo alvo, o vírus da hepatite B (HBV), está sendo desenvolvida para o KIT NAT.
Melhorias no sistema
A coordenadora de assistência técnica da Perkin Elmer, Patricia Guimarães, apresentou as melhorias do software utilizado no NAT. "Foi feita a implementação do backup mensal do banco de dados", reforça. Na presença de especialistas de hemocentros de todo o pais, Guimarães tirou dúvidas e respondeu a questionamentos.
A chefe do Laboratório de Sorologia e NAT do Hemocentro de Santa Catarina, Andrea Petry, abordou a interpretação de resultados e critérios utilizados na rotina do teste diagnóstico, com apresentação de casos de estudo.
Vivienne James contou sobre sua experiência no Reino Unido.
Controle de qualidade
Vivienne James, do Serviço Nacional de Avaliação Externa do Reino Unido (UK NEQAS), explicou que o foco da instituição é o diagnóstico clínico e aspectos de segurança do paciente, identificando problemas com os kits diagnósticos. "Dentro do Reino Unido, trabalhamos dando apoio aos laboratórios para que possam obter eficácia e medidas de comparações, através de testes colaborativos para utilizarmos como material de referência", descreveu.
No Reino Unido, os órgão reguladores garantem tanto o desempenho dos laboratórios quanto o controle da qualidade dos resultados. "As amostras clínicas precisam ser estáveis e comparáveis. A avaliação externa não é uma medida de desempenho isolada, precisa estar atrelada ao controle de qualidade interno, envolvendo a equipe especializada, identificando se há desvios e erros nas amostras distribuidas", reforçou.
James explica que ao controle da qualidade, cabe notificar erros e comunicá-los aos fabricantes, que tem a obrigação de relatar à autoridade competente todos os problemas com os kits.
Para abordar a implantação do controle de qualidade interno (CQI) do teste NAT na rotina, Giselle Barban, da área técnica de hemoterapia da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde fez um histórico do conceito de qualidade, passando pelos anos 50, com o controle de qualidade total, a chegada dos anos 80, até a análise das ferramentas atuais, com definição de resultados e metas.
A especialista Giselle Barban debate sobre o controle de qualidade.
Barban apresentou os resultados de seus estudos e testes, feitos no Hemocentro de Ribeirão Preto. "O protocolo para produção e utilização do CQI - Nat foi validado na rotina, com definição dos limites de aceitação", frisou.
Após a fala da especialista, os representantes dos 14 hemocentros presentes no evento fizeram um balanço de suas atividades, tirando dúvidas e compartilhando experiências.
Confira a cobertura do evento na fanpage de Bio-Manguinhos.
Jornalista: Isabela Pimentel
Imagens: Isabela Pimentel / Ascom - Bio-Manguinhos